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Dr. Antonio Brito Presidente da OAB Açailândia |
Após horas de tensão, o casal foi libertado em um matagal próximo a ladeira vermelha
A noite da sexta-feira, 9, foi de muita tensão e desespero para o advogado e presidente da OAB de Açailândia, Antonio Brito de Morais e sua esposa, Marilene Morena de Morais. Após horas em poder dos bandidos, o casal teve a caminhonete Hilux de cor prata e placas NWS 1856, de Açailândia, roubada, junto com outros pertences pessoais.
O advogado, Antonio Brito, conta com detalhes, os momentos de tensão que viveu assim que chegou a sua residência, no bairro Vila Bom Jardim, sob a mira de revólveres, e ameaças constantes de morte. “Nós voltávamos de um evento, por volta de meia noite, e ao chegarmos em casa, que abri o portão de minha garagem, fomos surpreendidos por dois homens, que entraram junto a mim, quando abri a porta. Cada um tomou um lado do carro, e entraram no veículo anunciando o assalto”, afirma ele.
A partir daí, o casal foi levado para fora da residência dentro do veículo, que ainda estava sendo conduzido pelo advogado. Ao estacionar na rua, um terceiro homem se aproximou do veículo, tomando a direção. Os mesmos foram conduzidos por um outro veículo, que segundo Marilene Morais, foi identificado como um Golf, de cor prata.
A caminhonete, com os três bandidos e o casal, saiu da cidade em direção a Imperatriz. Nas proximidades do Haras Beatriz, na ladeira vermelha, os bandidos desviaram o caminho para uma estrada vicinal, que acessa as plantações de eucalipto da área. O casal foi levado a cerca de dois quilômetros da margem da rodovia BR 010, chegando ao ponto de fim da estrada.
Ao descerem, Antonio Brito conta que eles foram forçados a caminhar por dentro da plantação de eucalipto, na companhia de dois, dos três bandidos, sempre sofrendo ameaças de morte, caso esboçassem algum tipo de reação. “Caminhamos por alguns minutos no meio dos eucaliptos, e logo em seguida, por dentro de um matagal, nos distanciando cada vez mais da rodovia, foram os piores momentos que passamos”, explica.
Os assaltantes manteram o casal deitado no chão, por cerca de uma hora, até que foi ouvido ao longe um barulho de buzina. Antonio conta que nesse momento o clima ficou mais tenso, pois imaginava-se que eles iriam embora, e poderiam fazer alguma coisa ao casal, mas segundo ele, os dois homens fizeram apenas as recomendações de que eles não poderiam sair do local, até que o dia amanhecesse.
O casal permaneceu por mais um tempo, até que decidiu seguir para buscar ajuda. Sem direção alguma e perdidos no matagal, o casal seguiu o caminho ouvindo ao longe o barulho dos veículos, que circulavam pela rodovia. Após horas de caminhada, e com o dia raiando, enfim, os dois chegaram a margem da rodovia, onde pediram por ajuda. Por estarem próximos a barreira da polícia militar, o casal foi trazido pelos policias para a sede do município, e levados até a delegacia para registro da ocorrência.
Para o advogado, o casal já estava sendo seguido pelos assaltantes. Segundo Antônio Brito, eles fizeram várias perguntas, sobre coisas que os mesmos fizeram durante a noite. “Eles falavam de tudo que passamos até chegarmos ali, a impressão que tivemos, é que eles já estavam nos seguindo desde o Zeppelin, onde participávamos do evento de lançamento do Açaifolia”, conclui.
Foram levados do casal, além da caminhonete Hilux de cor prata, relógios, celulares, jóias e uma quantia em dinheiro. Até o fechamento desta edição, nenhuma pista do paradeiro do veículo tinha sido descoberta pela polícia.
Fonte: www.portalma.com