Por: Roberto Kenard
O PDT prossegue cambaleante.
A primeira tese é encarnada por todos que têm cargos na Prefeitura de São Luís. À frente desta estão o vereador e líder do governo Ivaldo Rodrigues e os secretários Clodomir Paz e Júlio França. Detalhe nada desprezível: Ivaldo Rodrigues tem ligações fortes e antigas com Weverton Rocha (líder da segunda tese) e deve segurar a corda até quando lhe for conveniente.
A segunda tese nasceu na direção estadual, tendo à frente Weverton Rocha, Julião Amin e companhia. Uma aliança com Edivaldo Holanda Júnior, que é deputado federal, poderá beneficiar, caso Júnior venha a se eleger prefeito, Weverton Rocha, suplente de deputado federal, que assim assumiria o cargo definitivamente. Com desdobramentos para o também suplente e presidente do partido Julião Amin.
A última tese partiu de Aziz Santos e conta com o apoio dos mais antigos chamados históricos do partido. Como candidato apresentam a médica Clay Lago, viúva do ex-governador Jackson Lago. Acreditam que ela pode ser a herdeira do espólio eleitoral do marido, prefeito de São Luís por três mandatos. Detalhe: Aziz e Julião Amin não comem no mesmo prato desde a disputa pela Secretaria de Fazenda, num dos mandatos de Lago, o que se acirrou quando Amin trabalhou para Tadeu Palácio ser o vice-prefeito em 2000, justo no lugar de Aziz, que era o escolhido. Mas nada que um bom acordo não apague.
Conversei informalmente hoje pela manhã com o filho de um velho companheiro de partido e de geração de Jackson Lago. Mostrou-se adepto da tese da candidatura própria. Acredita que Clay Lago é uma boa candidata. Pode, segundo ele, aproveitar-se do legado do marido para reerguer o partido e, de quebra, unir os pedetistas.
Sobre o legado, é preciso saber se ele existe realmente depois que Jackson Lago foi governador e em 2010 teve votação pífia em São Luís. Difícil mesmo é acreditar que ela reúna hoje as condições para unir o PDT, depois que publicamente assumiu a condição de oposição no partido em favor de Igor Lago (filho de Jackson Lago defenestrado da presidência estadual do PDT).
Como se observa, o imbróglio está longe de uma solução. Resultado, diga-se, das características caudilhescas do PDT. Quando Leonel Brizola morreu, o partido descobriu-se sem lideranças nacionais. Brizola não deixava nenhuma medrar. Jackson Lago morreu e o partido no Maranhão esfacelou-se, fruto do centralismo mão-de-ferro e do artificial apaziguamento de suas contradições internas.
Alguém aí tem um palpite? Eu não tenho. Prometo, porém, acompanhar de perto o desenrolar dessa confusão.
Três teses estão em jogo no partido nas eleições deste ano em São Luis:
a) A que prega a manutenção da aliança com o prefeito João Castelo (PSDB);
b) A que deseja o fim da aliança e quer o acordo com Edivaldo Holanda Júnior (PTC), o pré-candidato que ninguém sabe se quer ser candidato;
c) A que julga ser mais importante ter candidatura própria.
A primeira tese é encarnada por todos que têm cargos na Prefeitura de São Luís. À frente desta estão o vereador e líder do governo Ivaldo Rodrigues e os secretários Clodomir Paz e Júlio França. Detalhe nada desprezível: Ivaldo Rodrigues tem ligações fortes e antigas com Weverton Rocha (líder da segunda tese) e deve segurar a corda até quando lhe for conveniente.
A segunda tese nasceu na direção estadual, tendo à frente Weverton Rocha, Julião Amin e companhia. Uma aliança com Edivaldo Holanda Júnior, que é deputado federal, poderá beneficiar, caso Júnior venha a se eleger prefeito, Weverton Rocha, suplente de deputado federal, que assim assumiria o cargo definitivamente. Com desdobramentos para o também suplente e presidente do partido Julião Amin.
A última tese partiu de Aziz Santos e conta com o apoio dos mais antigos chamados históricos do partido. Como candidato apresentam a médica Clay Lago, viúva do ex-governador Jackson Lago. Acreditam que ela pode ser a herdeira do espólio eleitoral do marido, prefeito de São Luís por três mandatos. Detalhe: Aziz e Julião Amin não comem no mesmo prato desde a disputa pela Secretaria de Fazenda, num dos mandatos de Lago, o que se acirrou quando Amin trabalhou para Tadeu Palácio ser o vice-prefeito em 2000, justo no lugar de Aziz, que era o escolhido. Mas nada que um bom acordo não apague.
Conversei informalmente hoje pela manhã com o filho de um velho companheiro de partido e de geração de Jackson Lago. Mostrou-se adepto da tese da candidatura própria. Acredita que Clay Lago é uma boa candidata. Pode, segundo ele, aproveitar-se do legado do marido para reerguer o partido e, de quebra, unir os pedetistas.
Sobre o legado, é preciso saber se ele existe realmente depois que Jackson Lago foi governador e em 2010 teve votação pífia em São Luís. Difícil mesmo é acreditar que ela reúna hoje as condições para unir o PDT, depois que publicamente assumiu a condição de oposição no partido em favor de Igor Lago (filho de Jackson Lago defenestrado da presidência estadual do PDT).
Como se observa, o imbróglio está longe de uma solução. Resultado, diga-se, das características caudilhescas do PDT. Quando Leonel Brizola morreu, o partido descobriu-se sem lideranças nacionais. Brizola não deixava nenhuma medrar. Jackson Lago morreu e o partido no Maranhão esfacelou-se, fruto do centralismo mão-de-ferro e do artificial apaziguamento de suas contradições internas.
Alguém aí tem um palpite? Eu não tenho. Prometo, porém, acompanhar de perto o desenrolar dessa confusão.
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