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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Gingantes do Norte jogam hoje (16) em Itinga do Maranhão


Neste domingo (20) o time de futebol conhecido no estado do Pará e no Brasil como Gigantes do Norte completa mais um ano de existência. A história desses jogadores já seria de superação se enfrentassem apenas os escassos incentivos para o esporte amador, ainda mais na Amazônia, onde não existem times reconhecidos como “elite do futebol brasileiro”. Mas os Gigantes do Norte tem uma história bem peculiar:O time é formado por anões que, com muito treino e jogos disputados em diversas cidades do Brasil mostram suas habilidades com a bola e fazem a sua parte para reduzir o preconceito em relação ao nanismo.
A ideia surgiu em 2007, durante uma conversa entre o técnico de futebol Carlos Lucena - na época treinador do time paraense Tuna Luso - e do amigo Alberto Jorge Costa, anão, hoje com 34 anos. Alberto, conhecido como “Capacidade”, sempre acompanhou Lucena nos treinos do Tuna Luso e se considera também um amante do futebol. “Na conversa nós decidimos montar um time de jogadores anões. Começamos a divulgar e foram aparecendo alguns para compor o time”, lembra Lucena, que por dois anos e meio comandou o Tuna Luso e participou de competições como a Copa do Brasil no comando da equipe.
A ideia, que parecia ter como objetivo apenas mostrar a determinação de pessoas portadoras de necessidades especiais e que apostam na inclusão, ganhou força. Hoje, 22 anões compõem a equipe dos Gigantes do Norte.
Os problemas financeiros da equipe fizeram com que Lucena abandonasse o Tuna Luso. Foi quando ele resolveu se dedicar exclusivamente ao Gigantes do Norte. Os treinamentos iniciais dos atletas foram comandados por ele. Hoje, com o crescimento da equipe e o grande número de partidas e jogadores para administrar, Lucena decidiu colocar outro amigo em seu lugar e ficar só com a administração da equipe.
Apesar de jogarem juntos há quatro anos, o time ainda está em busca de um grande patrocinador. Jogar tornou-se, para alguns, a profissão diante de um mercado de trabalho que discrimina facilmente os anões. Capacidade (Jogador) é um dos poucos que tem outra ocupação. Ele trabalha em um canal de televisão em Belém. Os outros integrantes do Gigantes estão quase todos desempregados e buscam o futebol como oportunidade de profissionalização. Seis deles vivem em um apartamento alugado pelo time em Belém. É a forma que eles encontraram de prestar auxílio aos jogadores que moram longe da capital, e por isso teriam dificuldades de transporte para chegar aos treinos.
Os Gigantes são do Pará e de outros estados como Piauí e Maranhão. Semelhanças com a aparência ou com o estilo de jogo rendem a eles apelidos de jogadores da elite do futebol brasileiro, como Vagner Love que tem 21 anos e 1,21 cm: o penteado e os dribles durante as partidas lhe renderam o apelido. Assim como Vagner Love, Paulo Nunes e Mineiro também são outros apelidos dados a integrantes do Gigantes do Norte.
A única exceção do time é o goleiro. Telmo Ferreira não é anão. Segundo Lucena, seria a única posição em que os outros times poderiam tirar vantagem pelo fato da estatura.
Recursos
Atualmente, os Gigantes do Norte cobram R$ 5 mil reais por cada partida que fazem. Desse recurso é que sai o pagamento do apartamento alugado em Belém, uma quantia que é divida entre os jogadores, e outra parte serve para custear outras despesas da equipe. Segundo a direção do time os recursos são poucos, mas por enquanto é o disponível para a compra de chuteiras e outros materiais esportivos utilizados por eles.
Os jogos são com escolinhas infantis, sub 15 e mulheres e outras equipes também de portadores de necessidades especiais. A equipe sonha também que outros times sejam criados em outros estados possibilitando uma competição entre eles, no estilo de um campeonato brasileiro. “Nossa intenção é essa. Se existe uma olimpíada para quem joga basquete em cadeira de rodas, por que os anões também não podem jogar futebol?”, lembra sua direção referindo-se às Paraolimpíadas.
A falta de recursos também dificulta a ampliação do time. A equipe tem recebido diversas solicitações de anões que querem integrar o Gigantes do Norte, mas, com a falta de um patrocinador, é difícil assumir as despesas de novos integrantes.
Preconceito
O zagueiro Capacidade diz já saber lidar com o preconceito, mas acredita que fora dos gramados ele ainda é bem maior. “O preconceito existe e ele se mostra das piores maneiras. Nós vamos a um banco tirar dinheiro, não existe um caixa adaptado para nós, nos banheiros é a mesma coisa. Se vamos a um show, não tem como ficarmos a vontade, a gente corre o risco de ser até pisoteado. Então isso tem que mudar”.
Lucena ressalta que o fato deles já saberem lidar com o preconceito e o entendimento que eles têm de que possuem as mesmas potencialidades do que pessoas que não sofrem de nanismo, fez a sociedade mudar a visão sobre eles. “Hoje, por vestir a camisa do Gigantes, eles estão felizes. Eles nunca tiveram outra chance senão ser palhaço de circo ou animador de festa infantil. Agora podem sonhar. Estão felizes e se sentem mais valorizados”, afirma lucena.
Em Itinga do Maranhão – Ontem (15) estivemos em Açailândia acompanhando um combinado local (Itinga do Maranhão) de futebol máster organizado pelo empresário Lucio Flávio “Zaruky” que disputou uma partida preliminar ao jogo dos Gigantes do Norte, na ocasião o combinado itinguense perdeu a partida de virada pelo placar de 2 X 1 para o combinado açailandense.
Revanche – Nesta quarta-feira (16) a partir das 18h00 no estádio municipal Demazão acontecerá a segunda partida entre os combinados de Açailândia e Itinga desta feita preliminar da partida dos Gigantes do Norte contra escolinha de futebol Jovem José do empresário Lucio Flávio.
Jogo do Gigantes do Norte – Ontem em Açailândia os Gigantes do Norte fizeram um apresentação de encher os olhos contra a seleção feminina de futebol, com belas jogadas e dribles desconcertantes os Gigantes do Norte venceram pelo placar de 4 X 1, sendo que o gol de honra da seleção açailandense ainda foi marcado contra em uma infeliz jogado do zagueiro dos Gigantes do Norte.
Ainda na noite de ontem o time dos Gigantes apresentou-se em uma partida de futsal na cidade de Porto Franco, assim como em Açailândia o publico compareceu e os Gigantes deram o espetáculo dentro das quatro linhas. Segundo a direção da equipe os Gigantes tem boas recordações da ultima vez que estiveram na cidade da onça, e que nesta quarta-feira (16) irão mais uma vez procurar fazer uma boa partida e agradar o publico que irá comparecer ao Demazão.
Fonte parcial: Notícias da Amazonia

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