Por: José Reinaldo Tavares
Mudanças
estão ocorrendo com rapidez tanto no que se refere à eleição deste ano
para prefeito quanto no quadro desenhado de candidatos para a eleição de
governador em 2014. Se os problemas de saúde que acometem Lobão o
impedirem de disputar o governo do Estado daqui a dois anos, o quadro
mudará bastante. Considerado o de melhor desempenho eleitoral junto com
Roseana Sarney no grupo governista, o seu impedimento automaticamente
direciona a candidatura para o atual Chefe da Casa Civil Luís Fernando,
candidato preferido de Jorge Murad e, consequentemente, também da
governadora. Acontece que ele tem baixa penetração e aceitação na classe
política e isso é uma imensa dificuldade para o êxito de uma
candidatura ao governo do Estado.
E
essa é uma eleição muitíssimo importante para o grupo Sarney, já que o
senador dificilmente tentaria um novo mandato para o senado, local onde
foi buscar a fonte de seu imenso poder. Assim, o governo do Estado seria
uma forma de continuar a ter poder. Certamente, haveria pessoas para
lembrar que não seria bem assim, pois a presença da família no senado
poderia ser com Roseana, que teria então a missão de manter o poder do
clã na esfera federal.
Acontece que
Sarney é insubstituível pelo grande relacionamento que tem com pessoas
muito influentes em todos os poderes da República, não só conquistado no
período em que exerceu a presidência do país, como também como
presidente do Senado Federal, cargo exercido várias vezes. Também conta a
influência do poder que passou a deter em todos os governos do PT, com a
amizade muito forte que desenvolveu com Lula, quando este exerceu o seu
primeiro mandato. Com efeito, ninguém pode substitui-lo, nem Roseana,
que nem de perto tem a habilidade, a inteligência, as amizades e a mesma
confiança. É insubstituível. Desta forma, sua saída do senado
significaria o declínio de tanto poder pessoal.
Acontece
também que, se Lobão não puder ser o candidato do grupo no poder,
Roseana seria obrigada a permanecer no governo até o final,
principalmente porque não construiu uma solução que permitisse a sua
saída do governo para ser candidata, deixando uma pessoa leal e
competente em seu lugar. O assunto então ganhou grande complexidade e
agora não há como ser modificado.
Talvez
ela na verdade não quisesse mais ser candidata a nada, tal a sua apatia
no desempenho do seu governo. Seja qual for o motivo, para tentar
vencer, ela teria que permanecer na chefia do governo até o fim, se,
repito, Lobão não for o candidato.
Então
quem seria o candidato? Nesse caso, imagino que tudo favorece o senador
João Alberto, eleito em 2010 e dono do maior cacife eleitoral depois de
Roseana e Lobão entre os membros do grupo governista. Gastão é falado,
mas não tem a densidade política e nem a confiança dentro do grupo
desfrutada pelo senador. Além disso, este controla com mão forte o PMDB,
partido de Gastão. Então…
Leia mais AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seus comentários aqui, ou envie para ezequiasholanda@hotmail.com